sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A UTILIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA DIGITAL NA PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA


Coreto da Praça Clarimundo Carneiro
Fonte: arquivo pessoal da autora


A UTILIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA DIGITAL NA PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA


Maria Isabel Pereira Silva
Aluna do Curso de Especialização em Tecnologias Educacionais em Laboratório de Aprendizagem da UNIMINAS, Professora da Rede Municipal de Uberlândia, vinculada à Escola Municipal Profª. Cecy C. Porfírio. E-mail: mariaisabel.pereirasilva@gmail.com




RESUMO

Um dos instrumentos importantes para a preservação da memória é o registro fotográfico. É própria da natureza humana, a necessidade de manter contato com fatos e objetos do passado, se o objeto desaparecer, haverá a possibilidade de reconstituí-lo a partir dos documentos (imagens). Uma ferramenta cada vez mais utilizada na preservação da memória é a fotografia digital. O rápido avanço das novas tecnologias da informação e comunicação e o aprimoramento de softwares interativos tem ampliado o acesso à elaboração e compartilhamento de imagens, que além do valor documental, simbólico e afetivo, nos permite a leitura e interpretação das representações do vivido.
Pesquisa realizada no ano de 2005 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou que 36% dos estudantes possuem aparelhos celulares providos de câmaras fotográficas e apesar da legislação proibir sua utilização em sala de aula, observamos o aumento da quantidade de alunos que utilizam. São inúmeros os transtornos provocados pela presença de tais aparelhos na escola, no entanto, apesar da relevância do problema, não trataremos do assunto neste artigo . Nosso objetivo é refletir sobre a possibilidade de aproveitamento pedagógico dos recursos tecnológicos como vídeo, música e fotografia, valorizar os saberes não formais, atribuir significado ao conhecimento e oportunizar experiências dialógicas de produção colaborativa.
Para refletirmos sobre a importância da memória na construção da identidade individual e coletiva, retomamos os conceitos da Nova História, voltada para o estudo das mentalidades e preocupada em analisar os diversos lugares de memória coletiva. Em seguida, fizemos um breve histórico do surgimento da fotografia e suas inúmeras formas de apropriação pelas sociedades ao longo do tempo. Para finalizar, elaboramos algumas sugestões de metodologias para o trabalho com fotografias em sala de aula, que acreditamos possam ser úteis aos educadores.

Palavras-chave: fotografia digital; memória; documentos.

1-Introdução

O objetivo geral deste trabalho foi mostrar como a fotografia digital pode ser utilizada na preservação da memória. Como objetivo específico procuramos demonstrar como é possível utilizar recursos tecnológicos de fotografia, música e vídeo na produção de conhecimento significativo, rompendo com a concepção tradicional da educação focada no professor como detentor do conhecimento e avançando para o protagonismo estudantil.
Na primeira parte deste artigo, trabalhamos com o conceito de memória e sua importância na construção da identidade individual e coletiva de um povo, fazendo uma breve análise das relações entre História e Memória a partir das obras de Peter Burke, Henry Rousso, Maurice Halbwachs e Jacques Le Goff.
No que tange a fotografia, fizemos um resgate histórico da mesma desde seu surgimento no século XIX até nossos dias, ressaltando sua relação com o patrimônio material e imaterial e a preservação da memória.
Para finalizar, apresentamos sugestões de metodologias viáveis que utilizam a fotografia de maneira interdisciplinar voltadas para o ensino fundamental.
As áreas do conhecimento que trabalham com a preservação da memória preocupam-se não só com o patrimônio cultural, mas também com a catalogação de documentos, registros, imagens e diversos bancos de dados relativos a ela. A fotografia sempre esteve relacionada à memória por sua capacidade de perenizar determinados momentos, sua materialidade foi de suma importância na realização de pesquisas dos historiadores, Kossoy (2002) afirma que o arquivamento cuidadoso do material fotográfico possibilita a interpretação fiel da realidade que se investiga.
No passado, os álbuns de família ficavam restritos ao espaço íntimo e privado dos lares, em muitos casos, acondicionados cuidadosamente e cercados de uma atmosfera misteriosa. A sala de visitas reservava um lugar especial para as fotografias, compondo uma espécie de “altar”, lugar sagrado de lembranças passadas.
Em alguns casos, após a morte das pessoas fotografadas, suas imagens tornavam-se públicas, vindo inclusive a fazer parte da decoração de seus túmulos. Com o passar do tempo e com o advento da fotografia digital – principalmente após a proliferação dos aparelhos de celular com câmeras fotográficas acopladas, a captura de imagens tornou-se bastante comum, estes equipamentos permitem a produção de uma grande quantidade de imagens a custo zero. Os álbuns de compartilhamento gratuitos na Web também representaram um grande estímulo à produção e preservação da memória de momentos importantes ou não tão significativos.
A tendência atual opõe-se as preocupações do passado. Se outrora os álbuns de fotografias ficavam restritos ao ambiente privado e familiar, no presente recorremos ao compartilhamento, à publicação e difusão desses álbuns como forma de preservação dessas imagens. Qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo poderá acessar facilmente imagens digitalizadas. Na tentativa de garantir a perenidade da memória privada, opta-se por romper com a privacidade, para além do paradoxo entre memória privada e pública.

2-A memória

De acordo com o dicionário de língua portuguesa, a memória é a (...) “faculdade de reter impressões e conhecimentos adquiridos, e de recuperá-los pela ação da vontade” (XIMENES, 1999, p.404). Neste sentido, Rousso afirma

“Seu atributo mais imediato é garantir a continuidade do tempo e permitir resistir à alteridade, ao 'tempo que muda', as rupturas que são o destino de toda a vida humana; em suma, ela constitui – eis uma banalidade – um elemento essencial da identidade da percepção de si e dos outros” (ROUSSO, 1998, p. 94-95).

Expressão da presença do passado, a memória é uma construção mental de um indivíduo pertencente a uma coletividade. Já na década de 20 do século passado, o sociólogo francês Maurice Halbwalchs discutia esta questão em seus estudos e afirmou que as memórias são construções dos grupos sociais, embora sejam os indivíduos que lembram, no sentido físico, são os grupos sociais que determinam o que é” memorável “e a maneira como será recordado, assim, os indivíduos se identificam com os acontecimentos públicos relevantes para o seu grupo.
Anos mais tarde este autor publicou um livro sobre memórias coletivas, reforçando a tendência da História Nova em estudar conceitos relacionados à memória e as mentalidades. A História “Nova” rejeitava a temporalidade linear em prol dos múltiplos tempos vividos, criando vários lugares de memória coletiva (arquivos, bibliotecas, museus, cemitérios, conjuntos arquitetônicos, comemorações, associações, etc.).
A visão tradicional das relações entre a história e a memória destinava ao historiador o papel de guardião da memória dos fatos vividos. Alguns autores contemporâneos como Peter Burke e Jacques Le Goff perceberam a complexidade da relação entre história e memória já que lembrar o passado e escrever sobre ele não são atividades neutras, pois em muitos casos, tornam-se representação dos interesses dos grupos dominantes. Os estudos históricos mais recentes tratam a memória não apenas como um produto coletivo mas de grupos sociais e é o próprio Le Goff (1994, p. 477) quem nos alerta(...)”A memória, onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro. Devemos trabalhar de forma que a memória coletiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens”.
Para Peter Burke (2000, p. 72) os historiadores que se interessam pela memória devem considerá-la como fonte histórica e também como fenômeno (...) “as memórias são maleáveis, e é necessário compreender como são concretizadas, e por quem, assim como os limites dessa maleabilidade”. O desenvolvimento da memória eletrônica na segunda metade do século XX representou uma revolução, alavancada pelas grandes máquinas de calcular. Considerando a memória como uma das operações fundamentais de um computador, ao contrário da humana, é estável, mas funciona de acordo com a programação e por isso, pode ser entendida como auxiliar. As ciências sociais também se beneficiaram dessa memória eletrônica por meio da criação de bancos de dados (memória arquivista)
É própria da natureza humana, a necessidade de manter contato com fatos e objetos do passado. Sendo a memória (social e individual) seletiva, quais os critérios desta seleção? Como são construídas estas identidades individuais e sociais? Estas são algumas das preocupações de alguns historiadores que a partir da década de setenta, desenvolveram pesquisas que privilegiavam aspectos culturais do comportamento humano, dando ênfase à dimensão simbólica das combinações criativas dos elementos oriundos de pinturas, rituais e contos populares, por exemplo. Estes estudos interessavam-se pelo papel desempenhado pela imaginação na construção de identidades individuais e em busca de uma história total, abriram mão da narração dos fatos e dos documentos oficiais, analisando toda e qualquer espécie de documentos, inclusive os pessoais.
A memória é um elemento extremamente importante na construção da identidade, seja ela individual ou coletiva e talvez seja justamente por isso que haja tanto esforço humano para não perder referências e lembranças.

3-A fotografia

Uma ferramenta importante na preservação da memória é a fotografia digital. O rápido avanço das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação - NTCI’S e o aprimoramento de softwares interativos têm ampliado o acesso à elaboração e compartilhamento de imagens por um número cada vez mais crescente de pessoas. A imagem substitui, ainda que parcialmente, o objeto e uma vez desaparecido, haverá a possibilidade de reconstituí-lo a partir dos registros fotográficos, como aconteceu em alguns lugares da Europa, após a Segunda Grande Guerra. Foi possível inclusive, reproduzir detalhadamente as estruturas arquitetônicas dos prédios destruídos.
A fotografia surgiu no século XIX e sua difusão foi motivo de preocupação no meio artístico que via o papel da arte ameaçado pela capacidade que a fotografia possuía de reproduzir o real, no entanto, alguns artistas da época compreenderam que a fotografia isentava a arte da necessidade de ser fiel à realidade, possibilitando-lhe um novo espaço de criatividade.
Rapidamente, a fotografia incorporou-se ao cotidiano social, sendo utilizada no estudo das características físicas de criminosos, para controle social na identificação de documentos pessoais como identidades e passaportes e outros tipos de carteiras de identificação social até os retratos de família.
Consumimos diariamente várias imagens fotográficas (jornais, revistas, outdoor, Internet) e tornou-se comum fotografarmos nossos filhos e diferentes eventos sociais importantes ou não tão significativos. Organizamos álbuns em que as fotografias evocam memórias.
A fotografia digital usa a tecnologia digital para registrar imagens, em contraposição à fotografia tradicional baseada em processo químico. Permite a realização de inúmeras imagens, sem custo algum e com a vantagem da visualização instantânea. Por estas razões, aumentou significativamente a quantidade de imagens produzidas e compartilhadas afinal, é muito simples enviar fotos digitalmente para alguém através de um e-mail ou através da publicação de álbuns na Web.
Sempre relacionada ao registro da memória, a fotografia tornou-se um hábito presente em quase todas as culturas com objetivo não só de preservar, mas de evocar lembranças.
A necessidade de problematizar temas pouco trabalhados pela historiografia tradicional levou alguns historiadores a ampliar as fontes, surgiram novos temas como vida privada, cotidiano e relações interpessoais. O desafio é: como chegar ao que não foi imediatamente revelado pelo olhar fotográfico? Como ver através da imagem?
A fotografia é uma fonte histórica que demanda do historiador um novo tipo de crítica, não importando se o registro foi feito para documentar um fato ou representar um estilo de vida, o testemunho é válido. Para Le Goff é preciso considerar a fotografia como imagem/documento e imagem/monumento. O documento é a marca de uma materialidade passada em que objetos, pessoas e lugares nos informam sobre determinados aspectos desse passado: condições de vida, moda infraestrutura urbana, condições de trabalho. O monumento é um símbolo, aquilo que no passado a sociedade estabeleceu como imagem a ser perenizada para o futuro.
Os textos visuais, inclusive a fotografia, envolvem basicamente três componentes: o autor, entendido como o sujeito que manipula técnicas e produz a imagem; o texto que é o resultado do trabalho de investimento de sentido e o leitor ou receptor que é justamente aquele que olha e fornece significado à imagem seguindo as regras da cultura a qual pertence, portanto, a leitura da imagem é resultado de uma experiência coletiva. A cultura comunica, mas é a ideologia quem estrutura a comunicação e na maioria das vezes faz com que se predomine o modelo da classe dominante.
Semelhante às pinturas, a fotografia permite a leitura de mundo a partir de uma imagem capturada pelo olhar atento e reflexivo de um sujeito histórico, e ao permitir a mediação entre os sujeitos, segue o princípio da produção intertextual, tornando-se síntese desse mundo sensível de atribuição de sentidos.
A preocupação com os registros de imagens não são novidades na história, na Mesopotâmia foram encontradas várias representações na forma de desenhos com finalidades cadastrais ou simplesmente projetos de obras. No Antigo Egito eram comuns os registros dos levantamentos arquitetônicos e inventários de propriedades através de plantas, considerados precursores do emprego de cadastros com finalidades utilitárias.
Na Idade Média encontramos uma diversidade de desenhos cadastrais e projetos arquitetônicos, contudo, é no Renascimento que as referências à importância desses registros são explicitadas nos cadastros de memória dos edifícios urbanos. Documento importante da época é a carta ao Papa Leão X, de Rafael Sanzio retratando a perda da memória de Roma e apontando os responsáveis pela dilapidação do patrimônio. Outro documento importante sobre o valor da documentação do patrimônio histórico cultural é a Carta de Atenas de 1931 .
Sem dúvida alguma, a fotografia é uma atividade prazerosa, mas a incerteza sobre a capacidade de preservação deste suporte imagético tem sido motivo de preocupação por parte de fotógrafos, museólogos, arquivistas e até pessoas comuns. Para muitos especialistas, a película ainda é o meio mais seguro de conservação de uma imagem, no entanto, esta deverá ser acondicionada da maneira correta, evitando-se a umidade e as altas temperaturas para que não sejamos surpreendidos com a síndrome do vinagre .
Como podemos impedir que centenas de milhares de imagens produzidas diariamente se percam? Como protegê-las da ação do tempo e do esquecimento? Este é um debate fundamental não só para os centros de documentação, escolas e famílias interessadas na conservação de suas memórias por meio deste tipo de documento. Ainda não sabemos ao certo qual o tempo de vida útil dos diversos suportes tecnológicos destinados ao arquivamento de imagens. Certo é, no entanto, que o rápido avanço das tecnologias produz novas extensões de arquivos, razão pela qual devemos atualizar sempre os nossos registros para que nossas imagens não fiquem presas em artefatos obsoletos, como é o caso dos nem tão antigos disquetes.
Uma sugestão para os adeptos da fotografia, seria a organização anual de álbuns com legendas e observações, relacionados por assuntos, encadernados com capa dura.


4-O uso de fotografias em sala de aula

As escolas municipais de Ensino Fundamental de Uberlândia foram equipadas com um Laboratório de Informática através de uma parceria com o Governo Federal que resultou no Programa Digitando o futuro. Além dos computadores destinados aos alunos, estes laboratórios receberam uma filmadora e máquina fotográfica digital. De acordo com as pesquisas realizadas em 2005 pelo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 36 % dos estudantes possuem aparelhos celulares providos de câmaras fotográficas, nas regiões metropolitanas esse número é ainda maior.
Apesar da proibição do uso de aparelho celular na sala de aula , observamos o aumento da quantidade de alunos que o utilizam, deste modo, seria bastante interessante desenvolvermos projetos que aproveitem recursos tecnológicos como vídeo, música e fotografia. Com isso, poderemos atrair a atenção dos alunos, estimulá-los e ao mesmo tempo, tornar nossas aulas mais atrativas. Tais projetos possibilitam a valorização dos saberes não formais, o compartilhamento e produção colaborativa do conhecimento.
O texto relativo às Diretrizes curriculares de nosso município, destaca como prioridade no estudo de História das séries iniciais, o desenvolvimento de noções básicas para a formação da consciência histórica. O trabalho com fotografias contribui na formação dessa consciência ao permitir que o aluno entre em contato com a Nova História, também conhecida como História Cultural, a partir dos álbuns de fotografia de sua família.
A proposta é que os alunos do 6º ano organizem uma linha do tempo da história de sua família, com fotografias e legendas elaboradas por ele. Ao concluir esta primeira etapa, as fotografias deverão ser digitalizadas e com um programa apropriado como o Windows movie maker, por exemplo, os alunos sob a orientação do (a) professor (a) de história e do (a) professor (a) responsável pelo Laboratório de Informática, deverão produzir um vídeo com as imagens de sua linha do tempo.
O próprio desenvolvimento do trabalho envolverá aspectos da interdisciplinaridade como a história da fotografia, cinema, música, desenho animado, conceitos de ótica, comunicação visual, legendas, perspectiva, registro e cadastro, entre outros.
Uma outra possibilidade de produção coletiva é a construção de um vídeo da turma: cada aluno escolhe uma fotografia, que poderá ser tirada por ele através de um aparelho celular ou retirada do seu álbum familiar. Em seguida, a turma escolhe a melhor sequência para as fotos, elabora o roteiro e as legendas para o vídeo. Para facilitar este trabalho, as fotografias poderão ser impressas antes da edição do filme.
O professor poderá avaliar as aprendizagens através dos vídeos produzidos, da elaboração da linha do tempo, discussões, troca de conhecimentos, trabalho em equipe, formulação de novas ideias e apresentação de descobertas através de murais ou portfólios. Outra proposta de avaliação possível é a organização de uma exposição de fotografias tiradas pelos alunos e de um festival de vídeo.


5-Considerações finais

A memória é um elemento importante na formação da nossa identidade e sua busca é uma das atividades fundamentais das sociedades atuais. Esta memória coletiva mais que uma conquista é também instrumento de poder, nas sociedades desenvolvidas os arquivos não escaparam a vigilância de governantes preocupados com o controle social. Cabe aos profissionais científicos da memória fazer da luta pela democratização da memória social, um dos imperativos de sua objetividade científica. (Le Goff, 1994).
A utilização da fotografia digital como fonte de pesquisa, exige uma nova postura por parte do historiador: vários conhecimentos técnicos, estudos de antropologia, sociologia, arquitetura entre outros. Precisa aprender a desvendar as redes sociais e compreender as novas linguagens, decodificar sistemas e símbolos sem jamais perder a visão do todo. Como recurso pedagógico, possibilita o diálogo entre os saberes (não formais e formais) e neste ato, agrega significado, conceitos são construídos e se dá o compartilhamento de informações. A produção de vídeos faz a síntese entre a fotografia e a música – dois elementos bastante atrativos para crianças e adolescentes contribuindo no desenvolvimento do protagonismo estudantil.




















Referências


BURKE, P. História como memória social. In: Variedades de história cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2000, p.67-89.


DUBOIS, P. O ato fotográfico e outros ensaios. Campinas: Papirus, 1993.


HALBWACHS, M. A memória não é mais o que era. In: Amado Janaína & Ferreira, Marieta (coord) Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: FGV, 1998, p 93-101.


HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.


KOSSOY, B. Realidades e ficções na trama fotográfica. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.


LE GOFF, J. Memória. In: História e Memória. Campinas: Ed. UNICAMP,
1994, p. 423-483.


OLIVEIRA, M. M. de. A documentação como ferramenta de preservação da memória (Cadernos Técnicos; 7). Brasília, DF: IPHAN / Programa Monumenta, 2008.


ROUSSO, H. A memória não é mais o que era. In: AMADO Janaína &
FERREIRA, Marieta. (Coord.). Usos e abusos de história oral. Rio de Janeiro: FGV,
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XIMENES, S. Minidicionário Ediouro. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.